Encontre o nome de compositores no SFA

Discografia

Aldir Blanc . Discografia

Aldir Blanc Mendes (Rio de Janeiro, 2 de setembro de 1946 — Rio de Janeiro, 4 de maio de 2020) foi um compositor e cronista brasileiro.
Médico de formação, com especialização em psiquiatria, abandonou a profissão para se tornar compositor e se tornar um dos grandes letristas da história da música brasileira.

AldirBlanc . JoaoBosco | refer . Metrópoles

Em cinco décadas de atividade como compositor, foi autor de mais de 600 canções, com cerca de 50 parceiros, dentre os principais: João Bosco, Guinga, Moacyr Luz, Cristovão Bastos, Maurício Tapajós e Carlos Lyra. Entre seus trabalhos mais notáveis como compositor estão “Bala com Bala”, “O Mestre-sala dos Mares”, “Dois pra Lá, Dois pra Cá”, “De Frente pro Crime”, “Kid Cavaquinho”, “Incompatibilidade de Gênios”, “O Ronco da Cuíca”, “Transversal do Tempo”, “Corsário”, “O Bêbado e a Equilibrista”, “Catavento e Girassol”,“Coração do Agreste” e “Resposta ao Tempo”.

AldirBlanc (refer . Veja Abril.com)

Além de compositor, Blanc foi também cronista, tendo escrito colunas em publicações como as revistas O Pasquim e Bundas e os jornais O Globo, Jornal do Brasil e O Dia. Muitas dessas crônicas foram lançadas mais tarde como livros, como são os casos de “Rua dos Artistas e arredores”, “Porta de tinturaria” e “Vila Isabel, inventário da infância”. Apaixonado pelo Vasco da Gama, escreveu – em parceria com José Reinaldo Marques – o livro “Vasco – a Cruz do Bacalhau”.

Salgueirense boêmio por muitos anos, acabou se tornando uma pessoa quase totalmente reclusa em seu apartamento na Muda, no bairro carioca da Tijuca. Segundo o próprio Aldir, usar reclusão era consequência de uma fobia social desenvolvida a partir de um grave acidente de carro, em 1991, que limitara os movimentos da perna esquerda. Em 2010, ao descobrir sofrer de diabetes tipo 2 e pressão alta, parou de fumar e consumir álcool. Em 2020, dias após ser internado em estado grave com infecção urinária e pneumonia, morreu em decorrência da COVID-19.


fonte: wikipédia

  1. 100 Anos de Instituto – Anais (Aldir Blanc/ João Bosco)
  2. 50 Anos (Aldir Blanc/ Cristóvão Bastos)
  3. 7 x 7 (Aldir Blanc/ Guinga)
  4. A Nível de… (Aldir Blanc/ João Bosco)
  5. A Noite a Maré e o Amor (Aldir Blanc/ Silvio da Silva Júnior)
  6. A Voz do Brasil (Aldir Blanc/ Maurício Tapajós)
  7. Abigail Caiu do Céu (Aldir Blanc/ João Bosco)
  8. Abluesado (Aldir Blanc/ Guinga)
  9. Achados e Perdidos (Aldir Blanc/ Luiz Avellar)
  10. Adolescente (Aldir Blanc)
  11. Age Maria (Aldir Blanc/ Guinga)
  12. Agnus Sei (Aldir Blanc/ João Bosco)
  13. Ai, Aydée (Aldir Blanc/ João Bosco)
  14. Albatroz (Aldir Blanc/ Paulo Emílio/ João Bosco)
  15. Alferes (Aldir Blanc/ João Bosco)
  16. Altos e Baixos (Aldir Blanc/ Sueli Costa)
  17. Amigo do Rei (Aldir Blanc/ Moacyr Luz)
  18. Amigo É Pra Essas Coisas (Aldir Blanc/ Silvio da Silva Júnior)
  19. Amigos Novos e Antigos (Aldir Blanc/ João Bosco)
  20. Anel de Ouro (Aldir Blanc/ Raphael Rabello)
  21. Angra (Aldir Blanc/ João Bosco)
  22. Anjo da Velha Guarda (Aldir Blanc/ Moacyr Luz)
  23. Antonieta Na Gafieira (Aldir Blanc/ Paulo Emílio/ Maurício Tapajós)
  24. Aquele Um (Aldir Blanc/ Djavan)
  25. Ária de Opereta (Aldir Blanc/ Guinga)
  26. As Minas do Mar (Aldir Blanc/ João Bosco)
  27. Aura de Glória (Aldir Blanc/ João Bosco)
  28. Ave Rara (Aldir Blanc/ Edu Lobo)
  29. Baião de Lacan (Aldir Blanc/ Guinga)
  30. Bala Com Bala (Aldir Blanc/ João Bosco)
  31. Bandalhismo (Aldir Blanc/ João Bosco)
  32. Batendo Pelas Tabelas (Aldir Blanc/ João Bosco)
  33. Beguine Dodói (Aldir Blanc/ João Bosco)
  34. Ben-Hur dos Macacos (Cláudio Cartier/ Aldir Blanc)
  35. Bernardo, o Eremita (Cláudio Tolomei/ Aldir Blanc/ João Bosco)
  36. Bijuterias (Aldir Blanc/ João Bosco)
  37. Boa (Aldir Blanc/ Márcio Proença)
  38. Boca de Sapo (Aldir Blanc/ João Bosco)
  39. Bodas de Prata (Aldir Blanc/ João Bosco)
  40. Boi (Aldir Blanc/ João Bosco)
  41. Cabaré (Aldir Blanc/ João Bosco)
  42. Cabô, Meu Pai (Aldir Blanc/ Luiz Carlos da Vila/ Moacyr Luz)
  43. Caça à Raposa (Aldir Blanc/ João Bosco)
  44. Cachaça, Árvore e Bandeira (Moacyr Luz/ Aldir Blanc)
  45. Camaleão (Vitor Martins/ Aldir Blanc/ Ivan Lins)
  46. Canário da Terra (Aldir Blanc/ João de Aquino)
  47. Canção do Lobisomem (Aldir Blanc/ Guinga)
  48. Canibaile (Aldir Blanc/ Guinga)
  49. Carta de Pedra (Igreja da Penha) (Aldir Blanc/ Guinga)
  50. Casa de Marimbondo (Aldir Blanc/ João Bosco)
  51. Catavento e Girassol (Aldir Blanc/ Guinga)
  52. Cegos de Luz (Aldir Blanc/ Ivan Lins)
  53. Chá de Panela (Aldir Blanc/ Guinga)
  54. Chão Brasileiro (Aldir Blanc/ Wagner Tiso)
  55. Chorado (Aldir Blanc/ Guinga)
  56. Choro Perdido (Mariana Blanc/ Aldir Blanc/ Guinga)
  57. Choro pro Zé (Aldir Blanc/ Guinga)
  58. Choro-Réquiem (Aldir Blanc/ Guinga)
  59. Cine Baronesa (Aldir Blanc/ Guinga)
  60. Clareou (Vitor Martins/ Aldir Blanc/ Ivan Lins)
  61. Coco do Coco (Aldir Blanc/ Guinga)
  62. Coisa Feita (Aldir Blanc/ Paulo Emílio/ João Bosco)
  63. Comadre (Aldir Blanc/ João Bosco)
  64. Comissão de Frente (Aldir Blanc/ João Bosco)
  65. Confins (Ivan Lins/ Vitor Martins/ Aldir Blanc)
  66. Constelação Maior (Aldir Blanc/ Hélio Delmiro)
  67. Conto de Fada (Aldir Blanc/ João Bosco)
  68. Cordas (Aldir Blanc/ Guinga)
  69. Corsário (Aldir Blanc/ João Bosco)
  70. Cravo E Ferradura (Aldir Blanc/ Clarisse Grova/ Cristóvão Bastos)
  71. Crescente Fértil (Aldir Blanc/ Ed Motta)
  72. Da África à Sapucaí (Aldir Blanc/ João Bosco)
  73. De Esquina Em Esquina (Aldir Blanc/ César Costa Filho)
  74. De Frente Pro Crime (Aldir Blanc/ João Bosco)
  75. De Partida (Aldir Blanc/ João Bosco)
  76. Delírio Carioca (Aldir Blanc/ Guinga)
  77. Denúncia Vazia (Aldir Blanc/ João Bosco)
  78. Destino Bocaiúva (Aldir Blanc/ Guinga)
  79. Doces Olheiras (Aldir Blanc/ João Bosco)
  80. Doi Pra Lá, Dois Pra Cá (João Bosco/ Aldir Blanc)
  81. Dois Bombons E Uma Rosa (Aldir Blanc)
  82. Dois Mil e Índio (Aldir Blanc/ João Bosco)
  83. Dois Num (Aldir Blanc/ João Bosco)
  84. Dois Pra Lá, Dois Pra Cá (Aldir Blanc/ João Bosco)
  85. Drobra a Língua (Boto Cor-De-Rosa em Ramos) (Aldir Blanc/ João Bosco)
  86. Dry (Aldir Blanc)
  87. Duro na Queda (Aldir Blanc/ João Bosco)
  88. Ela (Aldir Blanc/ César Costa Filho)
  89. Entre o Torresmo e a Moela (Aldir Blanc/ Maurício Tapajós)
  90. Escadas da Penha (Aldir Blanc/ João Bosco)
  91. Escravo da Ilusão (Aldir Blanc/ João Bosco)
  92. Essa é a Sua Vida (Aldir Blanc/ João Bosco)
  93. Eu E A Música (Tá Oquei) (Aldir Blanc/ Roberto Menescal)
  94. Exasperada (Aldir Blanc/ Guinga)
  95. Exílio e Paraíso (Aldir Blanc/ Guinga)
  96. É Reatando Que a Gente Se Estrepa (Aldir Blanc/Eduardo Gudin)
  97. Êxtase (Aldir Blanc/ Djavan)
  98. Falha Humana (Aldir Blanc/ Maurício Tapajós)
  99. Falso Brilhante (Aldir Blanc/ João Bosco)
  100. Fantasia (Aldir Blanc/ João Bosco)
  101. Fatalidade (Balconista Teve Morte Instantânea) (Aldir Blanc/ João Bosco)
  102. Fêmea de Atlantida (Aldir Blanc/ Márcio Proença)
  103. Feminismo no Estácio (Aldir Blanc/ João Bosco)
  104. Festas (Aldir Blanc/ Ivan Lins)
  105. Flores De Lapela (Aldir Blanc/ Maurício Tapajós)
  106. Flores Em Vida (Aldir Blanc/ Moacyr Luz)
  107. Foi-Se o Que Era Doce (Aldir Blanc/ João Bosco)
  108. Galo, Grilo e Pavão (Paulo Emílio/ Aldir Blanc/ João Bosco)
  109. Galos de Briga (Aldir Blanc/ João Bosco)
  110. Garota De Subúrbio (Aldir Blanc/ César Costa Filho)
  111. Gênesis (Parto) (Aldir Blanc/ João Bosco)
  112. Gol Anulado (Aldir Blanc/ João Bosco)
  113. Henriquieto (Aldir Blanc/ Guinga)
  114. Igreja da Penha (Carta de Pedra) (Aldir Blanc/ Guinga)
  115. Imperial (Aldir Blanc/ Wilson das Neves)
  116. Impressionados (Aldir Blanc/ Guinga)
  117. Incompatibilidade de Gênios (Aldir Blanc/ João Bosco)
  118. Influência de Jackson (Aldir Blanc/ Guinga)
  119. Instante Eterno (Aldir Blanc/ Ivan Lins/ Moacyr Luz)
  120. Jandira da Gandaia (Aldir Blanc/ João Bosco)
  121. Jeitinho Brasileiro (Aldir Blanc/ João Bosco)
  122. João do Pulo (Aldir Blanc/ João Bosco)
  123. Jogador (Aldir Blanc/ João Bosco)
  124. Jongo de Compadre (Aldir Blanc/ Simone Guimarães/ Guinga)
  125. Kid Cavaquinho (Aldir Blanc/ João Bosco)
  126. Latin Lover (Aldir Blanc/ João Bosco)
  127. Lendas Brasileiras (Aldir Blanc/ Guinga)
  128. Leva e Traz (Elis) (Vitor Martins/ Aldir Blanc/ Ivan Lins)
  129. Linha de Passe (Aldir Blanc/ Paulo Emílio/ João Bosco)
  130. Lua Sobre Sangue (Salgueiro) (Aldir Blanc/ Cláudio Jorge)
  131. Luas de (Aldir Blanc/ Guinga)
  132. Luas De Subúrbio (Aldir Blanc/ Guinga)
  133. Lupicínica (Aldir Blanc/ Jayme Vignoli)
  134. Maçã Tatuada (Aldir Blanc/ Moacyr Luz)
  135. Madeira de Sangue (Aldir Blanc/ Guinga)
  136. Mandingueiro (Aldir Blanc/ Moacyr Luz)
  137. Mãos de Aventureiro (Aldir Blanc)
  138. Mastruço e Catuaba (Aldir Blanc/ Cláudio Cartier)
  139. Me Dá a Penúltima (Aldir Blanc/ João Bosco)
  140. Medalha de São Jorge (Aldir Blanc/ Moacyr Luz)
  141. Medo (Aldir Blanc/César Costa Filho)
  142. Mentiras de Verdade (Aldir Blanc/ João Bosco)
  143. Mestre-Sala dos Mares (Aldir Blanc/ João Bosco)
  144. Mingus Samba (Aldir Blanc/ Guinga)
  145. Mise-En-Scène (Aldir Blanc/ Guinga)
  146. Miss Suéter (Aldir Blanc/ João Bosco)
  147. Molambo: Farrapo de Gente Também Ama (Aldir Blanc/ João Bosco)
  148. Moonlight Serenade (Glenn Miller/ Mitchell Parish) Versão: Aldir Blanc
  149. Morada (Aldir Blanc/ João Bosco)
  150. Na Orelha do Pandeiro (Luciah Helena/ Aldir Blanc/ Bororó)
  151. Na Venda (Aldir Blanc/ João Bosco)
  152. Nação (Aldir Blanc/ Paulo Emílio/ João Bosco)
  153. Nada Sei de Eterno (Silvio da Silva Jr./ Aldir Blanc)
  154. Navalha (Aldir Blanc/ João Bosco)
  155. Neblina e Flâmulas (Aldir Blanc/ Guinga)
  156. Negação (Aldir Blanc/ João Bosco)
  157. Negão nas Parada (Aldir Blanc/ Guinga)
  158. Nem Cais, nem Barco (Aldir Blanc/ Guinga)
  159. Nessa Data (Aldir Blanc/ João Bosco)
  160. Nítido e Obscuro (Aldir Blanc/ Guinga)
  161. Nossas Últimas Viagens (Aldir Blanc/ João Donato/ João Bosco)
  162. O Bêbado e a Equilibrista (Aldir Blanc/ João Bosco)
  163. O Caçador de Esmeralda (Aldir Blanc/ Cláudio Tolomei/ João Bosco)
  164. O Cavaleiro e os Moinhos (Aldir Blanc/ João Bosco)
  165. O Chefão (Aldir Blanc/ João Bosco)
  166. O Coco do Coco (Aldir Blanc/ Guinga)
  167. O Jogador (Aldir Blanc/ João Bosco)
  168. O Mestre-Sala dos Mares (Aldir Blanc/ João Bosco)
  169. O Rancho da Goiabada (Aldir Blanc,João Bosco)
  170. O Ronco da Cuíca (Aldir Blanc/ João Bosco)
  171. O Sandoval Tá Mudado (Aldir Blanc/ João Nogueira/ Maurício Tapajós)
  172. O Topete E A Raspadinha (Aldir Blanc/ Maurício Tapajós)
  173. Odalisca (Aldir Blanc/ Guinga)
  174. Ofício de Puxador (Aldir Blanc/ João Bosco)
  175. Oliúndi-Fox (Aldir Blanc/ Guinga)
  176. Orassamba (Aldir Blanc/ Guinga)
  177. Ou Bola ou Búlica (Aldir Blanc/ João Bosco)
  178. Paixão Descalça (Aldir Blanc/ Guinga)
  179. Paquetá, Dezembro De 56 (Aldir Blanc)
  180. Par Constante (Aldir Blanc/ Guinga)
  181. Par ou Ímpar (Aldir Blanc/ Guinga)
  182. Parati (Aldir Blanc/ João Bosco)
  183. Patola o Siri (Aldir Blanc/ João Bosco)
  184. Patrulhando (Mara) (Paulo Emílio/ Aldir Blanc/ João Bosco)
  185. Patrulhando (Masmorra) (Paulo Emílio/ Aldir Blanc/ João Bosco)
  186. Pequeno Circo Íntimo (Aldir Blanc/ Paulo Emílio/ Ivan Lins)
  187. Perder Um Amigo (Aldir Blanc/ Maurício Tapajós)
  188. Perversa (Aldir Blanc/ João Bosco)
  189. Pianinho (Aldir Blanc/ Edu Lobo)
  190. Plataforma (Aldir Blanc/ João Bosco)
  191. Plural Singular (Aldir Blanc/ João Bosco)
  192. Por Escrito (Aldir Blanc/ Moacyr Luz)
  193. Pra Que Pedir Perdão? (Aldir Blanc/ Moacyr Luz)
  194. Pra Quem Quiser Me Visitar (Aldir Blanc/ Guinga)
  195. Prêt-à-Porter de Tafetá (Aldir Blanc/ João Bosco)
  196. Pretinho Básico (Aldir Blanc/ Moyseis Marques)
  197. Profissionalismo é Isso Aí (Aldir Blanc/ João Bosco)
  198. Quem Será (Paulo Emílio/ Aldir Blanc/ João Bosco)
  199. Querelas do Brasil (Aldir Blanc/ Maurício Tapajós)
  200. Querido Diário (Aldir Blanc/ João Bosco)
  201. Quermesse (Aldir Blanc/ Guinga)
  202. Quilombo (Aldir Blanc/ João Bosco)
  203. Ramo de Delírios (Aldir Blanc/ Guinga)
  204. Rancho da Goiabada (Aldir Blanc/ João Bosco)
  205. Recreio Das Meninas II (Aldir Blanc/ Moacyr Luz)
  206. Reencontro (Aldir Blanc/ Moacyr Luz)
  207. Resistindo (Aldir Blanc/ João Bosco)
  208. Resposta ao Tempo (Cristóvão Bastos/ Aldir Blanc)
  209. Retorno de Jedai (Aldir Blanc/ João Bosco)
  210. Retrato Cantado (Aldir Blanc/ Márcio Proença)
  211. Rio-Orleans (Aldir Blanc/ Guinga)
  212. Rumbando (Aldir Blanc/ João Bosco)
  213. Sai, Azar (Aldir Blanc/ João Bosco)
  214. Saindo À Francesa (Aldir Blanc/ Luiz Carlos da Vila/ Moacyr Luz)
  215. Samba de Um Breque (Aldir Blanc/ Guinga)
  216. Samba em Berlim com Saliva de Cobra (Aldir Blanc/ João Bosco)
  217. Santo Amaro (Aldir Blanc/ Luiz Cláudio Ramos/ Franklin da Flauta)
  218. Saudades da Guanabara (Aldir Blanc/ Paulo César Pinheiro/ Moacyr Luz)
  219. Sem Pecado (Aldir Blanc/ Edu Lobo)
  220. Serenata do Meio-Dia (Aldir Blanc/ João Bosco)
  221. Sessão Passatempo (Paulo Emílio/ Aldir Blanc/ Oscar Castro Neves)
  222. Sete Estrelas (Aldir Blanc/ Guinga)
  223. Siameses (Aldir Blanc/ João Bosco)
  224. Simpatia é Quase Amor (Aldir Blanc/ João Bosco)
  225. Simples e Absurdo (Aldir Blanc/ Guinga)
  226. Sinal de Caim (Aldir Blanc/ João Bosco)
  227. Siri Recheado e o Cacete (Aldir Blanc/ João Bosco)
  228. Sobe o Dolar (Aldir Blanc/ Maurício Tapajós)
  229. Sonho de Caramujo (Aldir Blanc/ João Bosco)
  230. Sonho de Válvulas (Aldir Blanc/ Gilson Peranzzetta)
  231. Suave Veneno (Aldir Blanc/ Cristóvão Bastos)
  232. Tabelas (Aldir Blanc/ João Bosco)
  233. Tal Mãe, Tal Filha (Paulo Emílio/ Aldir Blanc/ João Bosco)
  234. Tem Boi na Linha (Paulo Emílio/ Aldir Blanc/ Djavan)
  235. Tempos do Onça e da Fera (Quarador) (Aldir Blanc/ João Bosco)
  236. Tiro de Misericórdia (Aldir Blanc/ João Bosco)
  237. Títulos de Nobreza (Ademilde no Choro) (Aldir Blanc/ João Bosco)
  238. Transversal do Tempo (Aldir Blanc/ João Bosco)
  239. Trilha Sonora (Aldir Blanc/ João Bosco)
  240. Tristeza de Uma Embolada (Aldir Blanc/ João Bosco)
  241. Tudo Fora de Lugar (Aldir Blanc/ Guinga)
  242. Um Por Todos (Aldir Blanc/ João Bosco)
  243. Valquíria (Aldir Blanc/ Maurício Tapajós)
  244. Valsa do Maracanã (Aldir Blanc/ Paulo Emílio)
  245. Valsa Pra Leila (Aldir Blanc/ Guinga)
  246. Vamos Indo (Aldir Blanc/ Ivan Lins)
  247. Vaso Ruim Não Quebra (Aldir Blanc/ João Bosco)
  248. Velhas Ruas (Aldir Blanc)
  249. Vermelho e Branco (Aldir Blanc/ César Costa Filho)
  250. Vida Noturna (Aldir Blanc/ João Bosco)
  251. Viena Fica na 28 de Setembro (Aldir Blanc/ João Bosco)
  252. Vim Sambar (Cacaso/ Aldir Blanc/ João Bosco)
  253. Viola Variada (Aldir Blanc/ Guinga)
  254. Violeta de Belford Roxo (Aldir Blanc/ João Bosco)
  255. Visão de Cego (Aldir Blanc/ Guinga)
  256. Visconde de Sabugosa (Aldir Blanc/ João Bosco)
  257. Vitral da 6ª Estação (Rocha, Por Aí…) (Aldir Blanc/ João Bosco)
  258. Vô Alfredo (Guinga/ Aldir Blanc)
  259. Yes, Zé Manés (Aldir Blanc/ Guinga)
  260. Zen-Vergonha (Aldir Blanc/ Guinga)

Bio Belchior

Discografia Belchior

Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernades
26/10/1946 . Sobral, CE | 29/04/2017 . Santa Cruz, RS

Compositor. Cantor.

Seu pai tocava flauta e saxofone e sua mãe cantava em coro de igreja. Tinha tios poetas e boêmios. Ainda criança recebeu influência dos cantores de rádio Ângela Maria, Cauby Peixoto e Nora Ney. Estudou piano e música coral, sendo também programador da rádio da sua cidade natal.

Belchior ft. o globo

Em 1962, mudou-se para Fortaleza onde estudou Filosofia e Humanidades. Começou a estudar Medicina, mas abandonou o curso no quarto ano, em 1971, para dedicar-se à carreira artística.

No final do ano de 2006 o cantor e compositor afastou-se do cenário artístico nacional, após dividir palco com a banda Los Hermanos. Depois fez uma rápida e última aparição pública no ano de 2009, em um show de Tom Zé, na Capital Federal, Brasília. Logo após transferiu-se para o Uruguai e posteriormente para Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Belchior . ft. veja

Nesse período de afastamento, o artista sempre teve ao seu lado a companheira Edna Prometeu, com a qual se relacionava desde 2005.
Depois de ter saído do Uruguai, procurado pela polícia local por dívidas de hospedagens em hoteís, voltou, em 2013, para a cidade gaúcha de Santa Cruz do Sul, onde passou a morar a partir do ano 2000, hospedando-se em diversos locais, tais como em casas de amigos, admiradores, na Ecovila Karaguatá, uma comunidade sustentável no meio do mato, e até mesmo em um Mosteiro de Monjas Beneditinas, o Santíssima Trindade.

No ano de 2017 faleceu em Santa Cruz do Sul (RS), em decorrência do rompimento da artéria aorta. O então Governador do Ceará, Camilo Santana, decretou luto oficial de três dias, providenciando o traslado do corpo, garantindo, assim, o desejo do cantor de ser sepultado no Estado do Ceará.
Foi velado no Anfiteatro ao ar livre do Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza, atraindo mais de 8.000 mil fãs e amigos. O corpo foi sepultado no Cemitério Parque da Luz, em um subúrbio ao sul da cidade. A imprensa de todo o país dedicou-lhe farto obituário.


Belchior . SFA

Foi um dos membros do chamado Pessoal do Ceará, que inclui Fagner, Ednardo, Rodger, Cirino e outros.

Começou sua carreira apresentando-se em festivais de música no Nordeste, entre 1965 e 1970.

Em 1971 increveu-se no IV Festival Universitário e ganhou o primeiro lugar com a música “Hora do almoço”, interpretada por Jorge Melo e Jorge Teles. Na mesma época, conheceu o cantor e compositor Sérgio Ricardo, que escolheu a música “Mucuripe”, feita em parceria com o também cearense Fagner, para fazer parte do disco “Bolso do Pasquim”, jornal alternativo daqueles anos.

Em 1972, começou a obter o reconhecimento nacional a partir da gravação de “Mucuripe” pela cantora Elis Regina. Em seguida, transferiu-se para São Paulo, onde compôs trilhas sonoras para filmes de curtas-metragens.

Belchior . SFA

saiba+ dicionariompb


A Obra de Belchior no SFA

  1. 1992 (Quinhentos Años De Que?) (Belchior/ Eduardo Larbanois/ Mário Carrero)
  2. A La Hora Del Almuerzo (Belchior)
  3. A Música Barata (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  4. A Palo Seco (Belchior)
  5. Aguapé (Epígrafe De Castro Alves) (Belchior)
  6. Ainda Que Mal (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  7. Alucinação (Belchior)
  8. Amor De Perdição (Francisco Casaverde/ Belchior)
  9. Amor e Crime (Francisco Casaverde/ Belchior)
  10. Antes Do Fim (Belchior)
  11. Aparências (Belchior)
  12. Apenas Um Rapaz Latino Americano (Belchior)
  13. Ar (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  14. Arte Final (Jorge Mello/ Gracco/ Belchior)
  15. Arte Poética (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  16. Arte-Final (Jorge Mello/ Gracco/ Belchior)
  17. Até à Manhã (Belchior)
  18. Até Mais Ver (Belchior/ Adaptação do poema de Sierguei Iesslenin)
  19. Aurora (Belchior/ Ednardo)
  20. Bahiuno (Francisco Casaverde/ Belchior)
  21. Balada De Madame Frigidaire (Belchior)
  22. Balada Do Amor (Francisco Casaverde/ Belchior)
  23. Bebelo (Belchior)
  24. Beijo Molhado (Belchior)
  25. Beijo Molhado (Tele-Canção De Novela Brasileira) (Belchior)
  26. Bel-Prazer (Belchior)
  27. Bela (Belchior)
  28. Boca (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  29. Bossa Em Palavrões (Belchior)
  30. Brasileiramente Linda (Belchior)
  31. Brincando Com a Vida (Belchior)
  32. Brotinho De Bambu (Belchior)
  33. Bucaneira (Gracco/ Caio Silvio/ Belchior)
  34. Canção De Gesta De Um Trovador Eletrônico (Jorge Mello/ Belchior)
  35. Cantiguinha (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  36. Carisma (Belchior)
  37. Caso Comum De Trânsito (Belchior)
  38. Cemitério (Belchior)
  39. Cidadezinha Qualquer (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  40. Clamor No Deserto (Belchior)
  41. Comentário à Respeito De John (José Luiz Penna/ Belchior)
  42. Como Nosso Pais (Belchior)
  43. Como Nuestros Padres (Belchior) Versão: E. Magnoni e Guilherme de A. Pinto
  44. Como o Diabo Gosta (Belchior)
  45. Como Se Fosse Pecado (Belchior)
  46. Concerto (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  47. Conheço o Meu Lugar (Belchior)
  48. Contramão (Belchior/ Fagner)
  49. Coração Selvagem (Belchior)
  50. Corpos Terrestres (Belchior)
  51. Cota Zero (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  52. Cuidar Do Homem (Belchior)
  53. Dandy (Belchior)
  54. De Primeira Grandeza (Belchior)
  55. Depois Das Seis (Belchior)
  56. Divina Comédia Humana (Belchior)
  57. Do Mar, Do Céu, Do Campo (Belchior)
  58. Donde Esta Mi Corazón (Belchior)
  59. E Que Tudo o Mais Vá Para o Céu (Belchior/ Jorge Mautner)
  60. Elegia Obscena (Belchior)
  61. Em Resposta a Carta De Fã (Belchior)
  62. Espacial (Belchior)
  63. Extra Cool (Gracco/ Belchior)
  64. Fotografia 3 X 4 (Belchior)
  65. Gallos, Noches Y Quintales (Belchior)
  66. Galos, Noites e Quintais (Belchior)
  67. Hora Do Almoço (Belchior)
  68. Humano Hum (Belchior)
  69. Incêndio (Belchior/ Petrúcio Maia)
  70. Jóia De Jade (Belchior/ Dominguinhos)
  71. Jornal Blues (Canção Leve De Escárnio e Maldizer) (Gracco/ Belchior)
  72. Kitsch Metropolitanus (Jorge Mello/ Belchior)
  73. La Vida Es Sueño (Belchior/ Eduardo Larbanois)
  74. Lagoa (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  75. Lamento Do Marginal Bem Sucedido (Belchior)
  76. Lanterna Mágica (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  77. Liquidação (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  78. Lira Dos Vinte Anos (Francisco Casaverde/ Belchior)
  79. Luar Zen (Gracco/ Belchior)
  80. Máquina I (Belchior)
  81. Máquina II (Belchior)
  82. Medo De Avião (Belchior)
  83. Medo de Avião Nº 2 (Gilberto Gil/ Belchior)
  84. Meu Cordial Brasileiro (Belchior/ Toquinho)
  85. Momentos Roubados (Belchior/ João Bosco)
  86. Monólogo Das Grandezas Do Brasil (Belchior)
  87. Mosaico De Manoel Bandeira (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  88. Mote e Glosa (Belchior)
  89. Moto 1 (Belchior/ Fagner)
  90. Mucuripe (Belchior/ Fagner)
  91. Na Hora do Almoço (Belchior)
  92. Nada Como Viver (Fausto Nilo/ Belchior)
  93. Não Leve Flores (Belchior)
  94. No Banco De Jardim (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  95. No Lleve Flores (Belchior)
  96. No Maior Jazz (Gracco/ Belchior)
  97. Notícia De Terra Civilizada (Jorge Mello/ Belchior)
  98. Nova Canção Do Exílio (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  99. Noves Fora (Fagner/ Belchior)
  100. Num Pais Feliz (Jorge Mello/ Belchior)
  101. O Negócio é o Seguinte (Jorge Mello/ Belchior)
  102. O Passarinho Dela (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  103. Objeto Direto (Belchior)
  104. Ondas Tropicais (Caio Silvio/ Belchior)
  105. Onde Jaz Meu Coração (Belchior)
  106. Orion (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  107. Os Derradeiros Moicanos (Belchior/ Moraes Moreira)
  108. Os Inocentes Do Leblon (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  109. Os Profissionais (Belchior)
  110. Paraíso (Belchior)
  111. Paralelas (Belchior)
  112. Passeio (Belchior)
  113. Peças e Sinais (Belchior)
  114. Pequeno Mapa Do Tempo (Belchior)
  115. Pequeno Perfil De Um Cidadão Comum (Belchior/ Toquinho)
  116. Perguntas Em Forma De Cavalo Marinho (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  117. Ploft (Belchior/ Jorge Mello)
  118. Poema Que Aconteceu (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  119. Poesia (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  120. Política Literária (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  121. Populus (Belchior)
  122. Procuro Uma Alegria (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  123. Quando Desejos Outros é Que Falam (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  124. Quero Me Casar (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  125. Quinhentos Anos De Quê? (Eduardo Larbanois/ Belchior)
  126. Recitanda (Gracco/ Belchior)
  127. Retórica Sentimental (Belchior)
  128. Rock-Romance De Um Robô Goliando (Jorge Mello/ Belchior)
  129. Rodagem (Belchior)
  130. Romanza (Fausto Nilo/ Belchior/ Fagner)
  131. Romanza (Fausto Nilo/ Belchior/ Fagner) Versão: Luis Gómez Escolar
  132. Rosa Rosae (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  133. S. A. (João Mourão/ Belchior)
  134. Se Você Tivesse Aparecido (Gracco/ Belchior)
  135. Seixo Rolando (Palhinha Cruz do Valle/ Belchior)
  136. Senhor Dono Da Casa (Belchior)
  137. Senhoras do Amazonas (Belchior/ João Bosco)
  138. Sensual (Tuca/ Belchior)
  139. Sentimental (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  140. Serenata (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  141. Sujeito De Sorte (Belchior)
  142. Sweet Home (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  143. Também Já Fui Brasileiro (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  144. Tambor Tantã (Gracco/ Belchior)
  145. Ter Ou Não Ter (Belchior)
  146. Toada De Amor (Carlos Drummond de Andrade/ Belchior)
  147. Tocando Por Música (Jorge Mello/ Belchior)
  148. Todo Sujo De Batom (Belchior)
  149. Tudo Outra Vez (Belchior)
  150. Velha Roupa Colorida (Belchior)
  151. Vício Elegante (Ricardo Bacelar/ Belchior)
  152. Viva La Dolcezza (Gracco/ Belchior)
  153. Voz Da América (Belchior)
  154. Ypê (Belchior)

Adoniran Barbosa Dicografia

Discografia Adoniran Barbosa

Adoniran Barbosa, nome artístico de João Rubinato (Valinhos, 6 de agosto de 1910 — São Paulo, 23 de novembro de 1982), foi um compositor, cantor, humorista e ator brasileiro.

Rubinato representava em programas de rádio diversas personagens, entre as quais, Adoniran Barbosa, que acabou por se confundir com seu criador dada a sua grande popularidade. Adoniran ficou conhecido nacionalmente como o pai do samba paulista.

Adoniran era filho de Francesco Rubinato e Emma Ricchini, imigrantes italianos da localidade de Cavárzere, província de Veneza. Seus avós paternos eram Angelo Rubinato e Anna Manfrinato, e os maternos, Francesco Ricchini e Antonia Freddo. Seus pais casaram-se em Cavárzere em 23 de maio de 1895, desembarcaram em Santos em 15 de setembro de 1895, passaram pela Hospedaria dos Imigrantes e foram trabalhar nas lavouras do município de Tietê. Sua mãe morreu em 1939 e seu pai em 1943.

Abandonou a escola cedo, pois não gostava de estudar. Necessitava trabalhar para ajudar a família numerosa – Adoniran tinha sete irmãos. Procurando resolver seus problemas financeiros, os Rubinato viviam mudando de cidade. Moravam primeiro em Valinhos (então distrito de Campinas), depois Jundiaí, Santo André e finalmente São Paulo.

Adoniran Barbosa

Em Jundiaí, Adoniran conhece seu primeiro ofício: entregador de marmitas. Aos quatorze anos, já adolescente, andava pelas ruas da cidade e, legitimamente, surrupiando alguns bolinhos pelo caminho. “A matemática da vida lhe dá o que a escola deixou de ensinar: uma lógica irrefutável. Se havia fome e, na marmita oito bolinhos, dois lhe saciariam a fome e seis a dos clientes; se quatro, um a três; se dois, um a um”.

O compositor e cantor tem um longo aprendizado, num arco que vai do marmiteiro às frustrações causadas pela rejeição de seu talento. Quer ser artista – escolhe a carreira de ator. Procura de várias maneiras fazer seu sonho acontecer. Tenta, antes do advento do rádio, o palco, mas é sempre rejeitado. Sem padrinhos e sem instrução adequada, o ingresso nos teatros como ator lhe é para sempre abortado. O samba, no início da carreira, tem para ele caráter acidental. Escolado pela vida, sabia que o estrelato e o bom sucesso econômico só seriam alcançados na veiculação de seu nome na caixa de ressonância popular que era o rádio.

O magistral período das rádios, também no Brasil, criou diversas modas, mexeu com os costumes, inventou a participação popular – no mais das vezes, dirigida e didática. Têm elas um poder e extensão pouco comuns para um país que na época era rural. Inventam a cidade, popularizam o emprego industrial e acendem os desejos de migração interna e de fama. Enfim, no país dos bacharéis, médicos e párocos de aldeia, a ascensão social busca outros caminhos e pode-se já sonhar com a meteórica carreira de sucesso que as rádios produzem. Três caminhos podem ser trilhados: o de ator, o de cantor ou o de locutor.

Adoniran Barbosa

Adoniran percebe as possibilidades que se abrem a seu talento. Quer ser ator, popularizar seu nome e ganhar algum dinheiro, mas a rejeição anterior o leva a outros caminhos. Sua inclinação natural no mundo da música é a composição mas, nesse momento, o compositor é um mero instrumento de trabalho para os cantores, que compram a parceria e, com ela, fazem nome e dinheiro. Daí sua escolha recair não sobre a composição, mas sobre a interpretação.

Busca conquistar seu espaço como cantor – tem boa voz, poderia tentar os diversos programas de calouro. Já com o nome de Adoniran Barbosa – tomado emprestado a um companheiro de boêmia e de Luiz Barbosa, cantor de sambas, que admira – João Rubinato estreia cantando um samba brejeiro de Ismael Silva e Nilton Bastos, o “Se você jurar”. É gongado, mas insiste e volta novamente ao mesmo programa; agora cantando o belo samba de Noel Rosa, Filosofia, que lhe abre as portas das rádios e ao mesmo tempo serve como mote para suas composições futuras.

A vida profissional de Adoniran Barbosa se desenvolve a partir das interpretações de outros compositores. Embora a composição não o atraia muito, a primeira a ser gravada é Dona Boa, na voz de Raul Torres. Depois grava em disco Agora pode chorar, que não faz sucesso algum. Aos poucos se entrega ao papel de ator radiofônico; a criação de diversos tipos populares e a interpretação que deles faz, em programas escritos por Osvaldo Moles, fazem do sambista um homem de relativo sucesso. Embora impagáveis, esses programas não conseguem segurar por muito tempo ainda o compositor que teima em aparecer em Adoniran. Entretanto, é a partir desses programas que o grande sambista encontra a medida exata de seu talento, em que a soma das experiências vividas e da observação acurada dá ao país um dos seus maiores e mais sensíveis intérpretes.

Adoniran Barbosa

O mergulho que o sambista fará na linguagem, suas construções linguísticas, pontuadas pela escolha exata do ritmo da fala paulistana, irão na contramão da própria história do samba. Os sambistas sempre procuraram dignificar sua arte com um tom sublime, o emprego da segunda pessoa, o tom elevado das letras, que sublimavam a origem miserável da maioria, e funcionavam como a busca da inserção social. Tudo era uma necessidade urgente, pois as oportunidades de ascensão social eram nenhumas e o conceito da malandragem vigia de modo coercitivo. Assim, movidos pelos mesmos desejos que tinha Adoniran de se tornar intérprete e não compositor, e a partir daí conhecido, os compositores de samba, entre uma parceria vendida aqui e outra ali, davam o testemunho da importância que a linguagem assumia como veículo social.

Todavia, a escolha de Adoniran é outra, seu mergulho também outro. Aproveitando-se da linguagem popular paulistana – de resto do próprio país – as músicas dele são o retrato exato desta linguagem e, como a linguagem determina o próprio discurso, os tipos humanos que surgem deste discurso representam um dos painéis mais importantes da cidadania brasileira. Os despejados das favelas, os engraxates, a mulher submissa que se revolta e abandona a casa, o homem solitário, social e existencialmente solitário, estão intactos nas criações de Adoniran, no humor com que descreve as cenas do cotidiano. A tragédia da exclusão social dos sambistas se revela como a tragicômica cena de um país que subtrai de seus cidadãos a dignidade.

O seu primeiro sucesso como compositor vira canção muito conhecida nas rodas de samba, das casas de espetáculo: “Trem das Onze”. É bem possível que todo brasileiro conheça, senão a música inteira, ao menos o estribilho, que se torna intemporal. Adoniran alcança, então, o almejado sucesso que, entretanto, dura pouco e não lhe rende mais que uns minguados trocados de direitos autorais. A música, que já havia sido gravada pelo autor em 1951 e não fizera sucesso ainda, é regravada novamente pelos “Demônios da Garoa”, conjunto musical de São Paulo (esta cidade é conhecida como a terra da garoa, da neblina, daí o nome do grupo). Embora o conjunto seja paulista, a música acontece primeiramente no Rio de Janeiro, com sucesso retumbante.

1971 Adoniran Barbosa | ft.agencia o globo

Arguto observador das atividades humanas, sabe também que o público não se contenta apenas com o drama das pessoas desvalidas e solitárias; é necessário que se dê a este público uma dose de humor, mesmo que amargo. Compõe para esse público um dos seus sambas mais notáveis, um dos primeiros em que trabalhou a nova estética do samba.

Entre a tentativa de carreira nas rádios paulistas e o primeiro sucesso, Adoniran trabalha duro, casa-se duas vezes e frequenta, como boêmio, a noite. Nas idas e vindas de sua carreira tem de vencer várias dificuldades. O trabalho nas rádios brasileiras é pouco reconhecido e financeiramente instável, muitos passaram anos nos seus corredores e tiveram um fim de vida melancólico e miserável. O veículo que encanta multidões, que faz de várias pessoas ídolos é também cruel como a vida; passado o sucesso que, para muitos, é apenas nominal, o ostracismo e a ausência de amparo legal levam cantores, compositores e atores a uma situação de impensável penúria.

Adoniran sabe disto, mas mesmo assim seu desejo cala mais fundo. O primeiro casamento não dura um ano; o segundo, a vida toda: Matilde. De grande importância na vida do sambista, Matilde sabe com quem convive e não só prestigia sua carreira como o incentiva a ser quem é e como é, boêmio, incerto e em constante dificuldade. Trabalha também fora e ajuda o sambista nos momentos difíceis, que são constantes. Adoniran vive para o rádio, para a boêmia e para Matilde.

Numa de suas noitadas, de fogo, perde a chave de casa e não há outro jeito senão acordar Matilde, que se aborrece. O dia seguinte foi repleto de discussão. Entretanto, Adoniran é compositor e dando por encerrado o episódio, compõe o samba “Joga a Chave”.

Dono de um repertório variado de histórias, o sambista não perdia a vez de uma boa blague. Certa vez, quando trabalhava na rádio Record, onde ficou por mais de trinta anos, resolveu, após muito tempo ali, pedir um aumento. O responsável pela gravadora disse-lhe que iria estudar o aumento e que Adoniran voltasse em uma semana para saber dos resultados do estudo… quando voltou, obteve a resposta de que seu caso estava sendo estudado. As interpelações e respostas, sempre as mesmas, duraram algumas semanas… Adoniran começava se irritar e, na última entrevista, saiu-se com esta: “Tá certo, o senhor continue estudando e quando chegar a época da sua formatura me avise..”

Adoniran no Largo S.Bento SP 1978 | ft.arq.Veja

Nos últimos anos de vida, com o enfisema avançando, e a impossibilidade de sair de casa pela noite, o sambista dedica-se a recriar alguns dos espaços mágicos que percorreu na vida. Grava algumas músicas ainda, mas com dificuldade – a respiração e o cansaço não lhe permitem muita coisa mais – dá depoimentos importantes, reavaliando sua trajetória artística. Compõe pouco.

Contudo, inventa para si uma pequena arte, com pedaços velhos de lata, de madeira, movidos a eletricidade. São rodas-gigantes, trens de ferro, carrosséis. Vários e pequenos objetos da ourivesaria popular – enfeites, cigarreiras, bibelôs… Fiel até o fim à sua escolha, às observações que colhe do cotidiano, cria um mundo mágico. Quando recebe alguma visita em casa, que se admira com os objetos criados pelo sambista, ouve dele que “alguns chamavam aquilo de higiene mental, mas que não passava de higiene de débil mental…” Como se vê, cultiva o humor como marca registrada. Marca aliás, que aliada à observação da linguagem e dos fatos trágicos do cotidiano, faz dele um sambista tradicional e inovador.

Casamentos e filha

Casou-se em 8 de dezembro de 1936 com Olga Krum, com quem teve sua única filha, Maria Helena Rubinato, nascida em 23 de setembro de 1937. João e Olga desquitaram-se judicialmente em 1943 e a filha ficou aos cuidados da irmã de João, Ainez Rubinato Salgado (1909-1992). Após o desquite, constituiu nova família com Matilde de Lutiis, que o acompanhou até a morte, mas nunca tiveram filhos.

Olga Krum constituiu nova família com o advogado José Luís Varela de Almeida (1915-2010), com quem teve outras quatro filhas. Olga morreu em 1991.

Sua filha, Maria Helena Rubinato, é tradutora.

Adoniran Barbosa morreu em 23 de novembro de 1982, aos 72 anos de idade. Estava internado no Hospital São Luís tratando um enfisema pulmonar. Foi sepultado no Cemitério da Paz, conforme seu desejo. Deixou sua companheira de mais de quarenta anos, Matilde de Lutiis.

Discografia

1951 – “Os mimosos colibris/Saudade da maloca” (78 rpm)
1952 – “Samba do Arnesto/Conselho de mulher” (78 rpm)
1955 – “Saudosa maloca/Samba do Arnesto” (78 rpm)
1958 – “Pra que chorar” (78 rpm)
1958 – “Pafunça/Nois não os bleque tais” (78 rpm)
1972 – “A Música Brasileira Deste Século – Adoniran Barbosa”
1974 – “Adoniran Barbosa”
1975 – “Adoniran Barbosa”
1979 – “Seu Último Show” (Ao Vivo)
1980 – “Adoniran Barbosa e Convidados”
1984 – “Documento Inédito”
2003 – “2 LPs em 1” (Relançamento dos LPs de 1974 e 1975)

Coletâneas

1990 – “Claudinha do céu” (Com intérpretes de suas músicas)
1996 – “MPB Compositores: Adoniran Barbosa” (Com participações e intérpretes de suas músicas)
1999 – “Meus Momentos: Adoniran Barbosa”
1999 – “Raízes do Samba: Adoniran Barbosa”
2001 – “Para Sempre – Adoniran Barbosa”
2002 – “Identidade: Adoniran Barbosa”
2004 – “O Talento de: Adoniran Barbosa” (Com participações especiais)

Vídeo

1972 – “Programa Ensaio: Adoniran Barbosa”

Filmografia

1946 . Caídos do Céu
1953 . O Cangaceiro | como Mané Mole
1953 . Esquina da Ilusão
1954 . Candinho | como Professor Pancrácio
1954 . Mulher de Verdade
1955 . Carnaval em Lá Maior Judeu
1955 . A Carrocinha | como Salvador Pereira
1955 . Três Garimpeiros
1956 . A Pensão da D. Stela | como Siqueira
1956 . A Estrada
1959 . Os Três Cangaceiros
1960 . Bruma Seca | como Freitas
1973 . A Super Fêmea | como Ernesto
1977 . Elas São do Baralho

Televisão

1965 . Ceará contra 007 | como Giacomo
1969 . Seu Único Pecado | como Joaquim Barra
1970 . Tilim Esguicho
1972 . O príncipe e o mendigo
1973 . Mulheres de Areia | como Chico Belo
1974 . Os Inocentes | como Dominguinho
1975 . Ovelha negra | como Tio Quim
1976 . Xeque-mate | como Firmino


Wikipedia


A Obra de Adoniran Barbosa no SFA

  1. Abrigo De Vagabundos (Adoniran Barbosa)
  2. Acende o Candeeiro (Adoniran Barbosa)
  3. Agora Pode Chorar (José Nicolini/ Adoniran Barbosa)
  4. Aguenta a Mão, João (Adoniran Barbosa/ Hervé Cordovil)
  5. Apaga o Fogo Mané (Adoniran Barbosa)
  6. Armistício (Adoniran Barbosa/ Eduardo Gudin)
  7. As Mariposas (Adoniran Barbosa)
  8. Até Amanhã (Adoniran Barbosa/ Wilma Camargo)
  9. Bazares (Adoniran Barbosa/ Evandro do Bandolim)
  10. Bom Dia Tristeza (Vinicius de Moraes/ Adoniran Barbosa)
  11. Conselho De Mulher (João Belarmino dos Santos/ Oswaldo Molles/ Adoniran Barbosa)
  12. Currupaco (Adoniran Barbosa/ Elzo Augusto)
  13. Despejo na Favela (Adoniran Barbosa)
  14. Ditado (Adoniran Barbosa/ Passoca)
  15. Domingo (Tito Madi/ Adoniran Barbosa)
  16. Dondoca (Adoniran Barbosa)
  17. Encalacrado (Adoniran Barbosa)
  18. Envelhecer É Uma Arte (Adoniran Barbosa)
  19. Eternidade (Adoniran Barbosa/ Mário Albanese)
  20. Fica Mais Um Pouco Amor (Adoniran Barbosa)
  21. Filé De Onça (Adoniran Barbosa/ Jorge Costa)
  22. Foi Na Mosca (Adoniran Barbosa)
  23. Gente Curiosa (Adoniran Barbosa/ Elzo Augusto)
  24. Gulú Gulú (Adoniran Barbosa/ Léo Romano)
  25. Iracema (Adoniran Barbosa)
  26. Já Fui Uma Brasa (Adoniran Barbosa/ Marcos César)
  27. Já Tenho a Solução (Adoniran Barbosa/ Clóvis de Lima)
  28. Jabá Sintético (Adoniran Barbosa/ Marcos César)
  29. Joga a Chave (Oswaldo França/ Adoniran Barbosa)
  30. Lagartixa (Adoniran Barbosa/ Paulo Belinatti/ Edson Alves)
  31. Luz Da Light (Adoniran Barbosa)
  32. Malvina (Adoniran Barbosa)
  33. Messias (Adoniran Barbosa/ Copinha)
  34. Minha Nega (Adoniran Barbosa/ Carlinhos Vergueiro)
  35. Mulher, Patrão e Cachaça (Oswaldo Molles/ Adoniran Barbosa)
  36. Não Precisa Muita Coisa (Adoniran Barbosa/ Benito Di Paula)
  37. Não Quero Entrar (Adoniran Barbosa)
  38. Naquele Tempo (Adoniran Barbosa/ Serafim Almeida)
  39. Ninguém Pode Negar (Adoniran Barbosa/ Portinho)
  40. No Morro Da Casa Verde (Adoniran Barbosa)
  41. Nóis Não Usa os Blequetais (Gianfrancesco Guarnieri/ Adoniran Barbosa)
  42. Nois Viemos Aqui Pra Que? (Adoniran Barbosa)
  43. O Barzinho (Adoniran Barbosa/ Renato Luiz)
  44. O Casamento Do Moacir (Oswaldo Molles/ Adoniran Barbosa)
  45. O Mundo Vai Mal (Adoniran Barbosa/ Antônio Rago)
  46. O Rostinho De Maria (Adoniran Barbosa/ Pepe Avila)
  47. O Sol e a Lua (Adoniran Barbosa/ Zaé Júnior)
  48. Olhos De Sono (Adoniran Barbosa/ Walter Santos)
  49. Pafunça (Oswaldo Molles/ Adoniran Barbosa)
  50. Passou (Adoniran Barbosa/ Pepe Avila)
  51. Por Onde Andará Maria (Adoniran Barbosa/ Raguinho)
  52. Praça Da Sé (Adoniran Barbosa)
  53. Procissão De Amor (Adoniran Barbosa/ Maximino Parize)
  54. Prova De Carinho (Adoniran Barbosa/ Hervé Cordovil)
  55. Quando Te Achei (Hilda Hilst/ Adoniran Barbosa)
  56. Receita De Pizza (Adoniran Barbosa/ Jorge Costa)
  57. Roubaram a Lagosta (Adoniran Barbosa/ Tasso Bangel)
  58. Rua Dos Gusmões (Adoniran Barbosa)
  59. Samba do Arnesto (Adoniran Barbosa/ Alocin)
  60. Samba Italiano (Adoniran Barbosa)
  61. Samba Quente (Zé Ketti/ Adoniran Barbosa)
  62. Saudade Da Maloca (Saudosa Maloca) (Adoniran Barbosa)
  63. Saudosa Maloca (Adoniran Barbosa)
  64. Senta, Senta (Adoniran Barbosa/ Cachimbinho/ Pinguim)
  65. Só Tenho A Ti (Ilda Hilst/ Adoniran Barbosa)
  66. Só Vivo De Noite (Adoniran Barbosa/ Paulinho Nogueira)
  67. Tiro Ao Álvaro (Oswaldo Moles/ Adoniran Barbosa)
  68. Tocar Na Banda (Adoniran Barbosa)
  69. Torresmo à Milanesa (Adoniran Barbosa/ Carlinhos Vergueiro)
  70. Trem das Onze (Adoniran Barbosa)
  71. Triste Margarida (Samba Do Metrô) (Adoniran Barbosa)
  72. Um Samba no Bexiga (Adoniran Barbosa)
  73. Uma Simples Margarida (Samba Do Metrô) (Adoniran Barbosa)
  74. Vai Da Valsa (Adoniran Barbosa/ Recolhida por Renato Consorte)
  75. Velho Rancho (Adoniran Barbosa/ Renê Luiz)
  76. Véspera de Natal (Adoniran Barbosa)
  77. Viaduto Santa Efigência (Alocin/ Adoniran Barbosa)
  78. Vide Verso Meu Endereço (Adoniran Barbosa)
  79. Vila Esperança (Adoniran Barbosa/ Marcos César)
  80. Voar (Adoniran Barbosa/ Archimedes Messina)
  81. Zé Baixinho (Adoniran Barbosa/ Lemos do Cavaco)
  82. Zum, Zum, Zum (Adoniran Barbosa)
Ir ao Topo