Discografia Adoniran Barbosa

Adoniran Barbosa, nome artístico de João Rubinato (Valinhos, 6 de agosto de 1910 — São Paulo, 23 de novembro de 1982), foi um compositor, cantor, humorista e ator brasileiro.

Rubinato representava em programas de rádio diversas personagens, entre as quais, Adoniran Barbosa, que acabou por se confundir com seu criador dada a sua grande popularidade. Adoniran ficou conhecido nacionalmente como o pai do samba paulista.

Adoniran era filho de Francesco Rubinato e Emma Ricchini, imigrantes italianos da localidade de Cavárzere, província de Veneza. Seus avós paternos eram Angelo Rubinato e Anna Manfrinato, e os maternos, Francesco Ricchini e Antonia Freddo. Seus pais casaram-se em Cavárzere em 23 de maio de 1895, desembarcaram em Santos em 15 de setembro de 1895, passaram pela Hospedaria dos Imigrantes e foram trabalhar nas lavouras do município de Tietê. Sua mãe morreu em 1939 e seu pai em 1943.

Abandonou a escola cedo, pois não gostava de estudar. Necessitava trabalhar para ajudar a família numerosa – Adoniran tinha sete irmãos. Procurando resolver seus problemas financeiros, os Rubinato viviam mudando de cidade. Moravam primeiro em Valinhos (então distrito de Campinas), depois Jundiaí, Santo André e finalmente São Paulo.

Adoniran Barbosa

Em Jundiaí, Adoniran conhece seu primeiro ofício: entregador de marmitas. Aos quatorze anos, já adolescente, andava pelas ruas da cidade e, legitimamente, surrupiando alguns bolinhos pelo caminho. “A matemática da vida lhe dá o que a escola deixou de ensinar: uma lógica irrefutável. Se havia fome e, na marmita oito bolinhos, dois lhe saciariam a fome e seis a dos clientes; se quatro, um a três; se dois, um a um”.

O compositor e cantor tem um longo aprendizado, num arco que vai do marmiteiro às frustrações causadas pela rejeição de seu talento. Quer ser artista – escolhe a carreira de ator. Procura de várias maneiras fazer seu sonho acontecer. Tenta, antes do advento do rádio, o palco, mas é sempre rejeitado. Sem padrinhos e sem instrução adequada, o ingresso nos teatros como ator lhe é para sempre abortado. O samba, no início da carreira, tem para ele caráter acidental. Escolado pela vida, sabia que o estrelato e o bom sucesso econômico só seriam alcançados na veiculação de seu nome na caixa de ressonância popular que era o rádio.

O magistral período das rádios, também no Brasil, criou diversas modas, mexeu com os costumes, inventou a participação popular – no mais das vezes, dirigida e didática. Têm elas um poder e extensão pouco comuns para um país que na época era rural. Inventam a cidade, popularizam o emprego industrial e acendem os desejos de migração interna e de fama. Enfim, no país dos bacharéis, médicos e párocos de aldeia, a ascensão social busca outros caminhos e pode-se já sonhar com a meteórica carreira de sucesso que as rádios produzem. Três caminhos podem ser trilhados: o de ator, o de cantor ou o de locutor.

Adoniran Barbosa

Adoniran percebe as possibilidades que se abrem a seu talento. Quer ser ator, popularizar seu nome e ganhar algum dinheiro, mas a rejeição anterior o leva a outros caminhos. Sua inclinação natural no mundo da música é a composição mas, nesse momento, o compositor é um mero instrumento de trabalho para os cantores, que compram a parceria e, com ela, fazem nome e dinheiro. Daí sua escolha recair não sobre a composição, mas sobre a interpretação.

Busca conquistar seu espaço como cantor – tem boa voz, poderia tentar os diversos programas de calouro. Já com o nome de Adoniran Barbosa – tomado emprestado a um companheiro de boêmia e de Luiz Barbosa, cantor de sambas, que admira – João Rubinato estreia cantando um samba brejeiro de Ismael Silva e Nilton Bastos, o “Se você jurar”. É gongado, mas insiste e volta novamente ao mesmo programa; agora cantando o belo samba de Noel Rosa, Filosofia, que lhe abre as portas das rádios e ao mesmo tempo serve como mote para suas composições futuras.

A vida profissional de Adoniran Barbosa se desenvolve a partir das interpretações de outros compositores. Embora a composição não o atraia muito, a primeira a ser gravada é Dona Boa, na voz de Raul Torres. Depois grava em disco Agora pode chorar, que não faz sucesso algum. Aos poucos se entrega ao papel de ator radiofônico; a criação de diversos tipos populares e a interpretação que deles faz, em programas escritos por Osvaldo Moles, fazem do sambista um homem de relativo sucesso. Embora impagáveis, esses programas não conseguem segurar por muito tempo ainda o compositor que teima em aparecer em Adoniran. Entretanto, é a partir desses programas que o grande sambista encontra a medida exata de seu talento, em que a soma das experiências vividas e da observação acurada dá ao país um dos seus maiores e mais sensíveis intérpretes.

Adoniran Barbosa

O mergulho que o sambista fará na linguagem, suas construções linguísticas, pontuadas pela escolha exata do ritmo da fala paulistana, irão na contramão da própria história do samba. Os sambistas sempre procuraram dignificar sua arte com um tom sublime, o emprego da segunda pessoa, o tom elevado das letras, que sublimavam a origem miserável da maioria, e funcionavam como a busca da inserção social. Tudo era uma necessidade urgente, pois as oportunidades de ascensão social eram nenhumas e o conceito da malandragem vigia de modo coercitivo. Assim, movidos pelos mesmos desejos que tinha Adoniran de se tornar intérprete e não compositor, e a partir daí conhecido, os compositores de samba, entre uma parceria vendida aqui e outra ali, davam o testemunho da importância que a linguagem assumia como veículo social.

Todavia, a escolha de Adoniran é outra, seu mergulho também outro. Aproveitando-se da linguagem popular paulistana – de resto do próprio país – as músicas dele são o retrato exato desta linguagem e, como a linguagem determina o próprio discurso, os tipos humanos que surgem deste discurso representam um dos painéis mais importantes da cidadania brasileira. Os despejados das favelas, os engraxates, a mulher submissa que se revolta e abandona a casa, o homem solitário, social e existencialmente solitário, estão intactos nas criações de Adoniran, no humor com que descreve as cenas do cotidiano. A tragédia da exclusão social dos sambistas se revela como a tragicômica cena de um país que subtrai de seus cidadãos a dignidade.

O seu primeiro sucesso como compositor vira canção muito conhecida nas rodas de samba, das casas de espetáculo: “Trem das Onze”. É bem possível que todo brasileiro conheça, senão a música inteira, ao menos o estribilho, que se torna intemporal. Adoniran alcança, então, o almejado sucesso que, entretanto, dura pouco e não lhe rende mais que uns minguados trocados de direitos autorais. A música, que já havia sido gravada pelo autor em 1951 e não fizera sucesso ainda, é regravada novamente pelos “Demônios da Garoa”, conjunto musical de São Paulo (esta cidade é conhecida como a terra da garoa, da neblina, daí o nome do grupo). Embora o conjunto seja paulista, a música acontece primeiramente no Rio de Janeiro, com sucesso retumbante.

1971 Adoniran Barbosa | ft.agencia o globo

Arguto observador das atividades humanas, sabe também que o público não se contenta apenas com o drama das pessoas desvalidas e solitárias; é necessário que se dê a este público uma dose de humor, mesmo que amargo. Compõe para esse público um dos seus sambas mais notáveis, um dos primeiros em que trabalhou a nova estética do samba.

Entre a tentativa de carreira nas rádios paulistas e o primeiro sucesso, Adoniran trabalha duro, casa-se duas vezes e frequenta, como boêmio, a noite. Nas idas e vindas de sua carreira tem de vencer várias dificuldades. O trabalho nas rádios brasileiras é pouco reconhecido e financeiramente instável, muitos passaram anos nos seus corredores e tiveram um fim de vida melancólico e miserável. O veículo que encanta multidões, que faz de várias pessoas ídolos é também cruel como a vida; passado o sucesso que, para muitos, é apenas nominal, o ostracismo e a ausência de amparo legal levam cantores, compositores e atores a uma situação de impensável penúria.

Adoniran sabe disto, mas mesmo assim seu desejo cala mais fundo. O primeiro casamento não dura um ano; o segundo, a vida toda: Matilde. De grande importância na vida do sambista, Matilde sabe com quem convive e não só prestigia sua carreira como o incentiva a ser quem é e como é, boêmio, incerto e em constante dificuldade. Trabalha também fora e ajuda o sambista nos momentos difíceis, que são constantes. Adoniran vive para o rádio, para a boêmia e para Matilde.

Numa de suas noitadas, de fogo, perde a chave de casa e não há outro jeito senão acordar Matilde, que se aborrece. O dia seguinte foi repleto de discussão. Entretanto, Adoniran é compositor e dando por encerrado o episódio, compõe o samba “Joga a Chave”.

Dono de um repertório variado de histórias, o sambista não perdia a vez de uma boa blague. Certa vez, quando trabalhava na rádio Record, onde ficou por mais de trinta anos, resolveu, após muito tempo ali, pedir um aumento. O responsável pela gravadora disse-lhe que iria estudar o aumento e que Adoniran voltasse em uma semana para saber dos resultados do estudo… quando voltou, obteve a resposta de que seu caso estava sendo estudado. As interpelações e respostas, sempre as mesmas, duraram algumas semanas… Adoniran começava se irritar e, na última entrevista, saiu-se com esta: “Tá certo, o senhor continue estudando e quando chegar a época da sua formatura me avise..”

Adoniran no Largo S.Bento SP 1978 | ft.arq.Veja

Nos últimos anos de vida, com o enfisema avançando, e a impossibilidade de sair de casa pela noite, o sambista dedica-se a recriar alguns dos espaços mágicos que percorreu na vida. Grava algumas músicas ainda, mas com dificuldade – a respiração e o cansaço não lhe permitem muita coisa mais – dá depoimentos importantes, reavaliando sua trajetória artística. Compõe pouco.

Contudo, inventa para si uma pequena arte, com pedaços velhos de lata, de madeira, movidos a eletricidade. São rodas-gigantes, trens de ferro, carrosséis. Vários e pequenos objetos da ourivesaria popular – enfeites, cigarreiras, bibelôs… Fiel até o fim à sua escolha, às observações que colhe do cotidiano, cria um mundo mágico. Quando recebe alguma visita em casa, que se admira com os objetos criados pelo sambista, ouve dele que “alguns chamavam aquilo de higiene mental, mas que não passava de higiene de débil mental…” Como se vê, cultiva o humor como marca registrada. Marca aliás, que aliada à observação da linguagem e dos fatos trágicos do cotidiano, faz dele um sambista tradicional e inovador.

Casamentos e filha

Casou-se em 8 de dezembro de 1936 com Olga Krum, com quem teve sua única filha, Maria Helena Rubinato, nascida em 23 de setembro de 1937. João e Olga desquitaram-se judicialmente em 1943 e a filha ficou aos cuidados da irmã de João, Ainez Rubinato Salgado (1909-1992). Após o desquite, constituiu nova família com Matilde de Lutiis, que o acompanhou até a morte, mas nunca tiveram filhos.

Olga Krum constituiu nova família com o advogado José Luís Varela de Almeida (1915-2010), com quem teve outras quatro filhas. Olga morreu em 1991.

Sua filha, Maria Helena Rubinato, é tradutora.

Adoniran Barbosa morreu em 23 de novembro de 1982, aos 72 anos de idade. Estava internado no Hospital São Luís tratando um enfisema pulmonar. Foi sepultado no Cemitério da Paz, conforme seu desejo. Deixou sua companheira de mais de quarenta anos, Matilde de Lutiis.

Discografia

1951 – “Os mimosos colibris/Saudade da maloca” (78 rpm)
1952 – “Samba do Arnesto/Conselho de mulher” (78 rpm)
1955 – “Saudosa maloca/Samba do Arnesto” (78 rpm)
1958 – “Pra que chorar” (78 rpm)
1958 – “Pafunça/Nois não os bleque tais” (78 rpm)
1972 – “A Música Brasileira Deste Século – Adoniran Barbosa”
1974 – “Adoniran Barbosa”
1975 – “Adoniran Barbosa”
1979 – “Seu Último Show” (Ao Vivo)
1980 – “Adoniran Barbosa e Convidados”
1984 – “Documento Inédito”
2003 – “2 LPs em 1” (Relançamento dos LPs de 1974 e 1975)

Coletâneas

1990 – “Claudinha do céu” (Com intérpretes de suas músicas)
1996 – “MPB Compositores: Adoniran Barbosa” (Com participações e intérpretes de suas músicas)
1999 – “Meus Momentos: Adoniran Barbosa”
1999 – “Raízes do Samba: Adoniran Barbosa”
2001 – “Para Sempre – Adoniran Barbosa”
2002 – “Identidade: Adoniran Barbosa”
2004 – “O Talento de: Adoniran Barbosa” (Com participações especiais)

Vídeo

1972 – “Programa Ensaio: Adoniran Barbosa”

Filmografia

1946 . Caídos do Céu
1953 . O Cangaceiro | como Mané Mole
1953 . Esquina da Ilusão
1954 . Candinho | como Professor Pancrácio
1954 . Mulher de Verdade
1955 . Carnaval em Lá Maior Judeu
1955 . A Carrocinha | como Salvador Pereira
1955 . Três Garimpeiros
1956 . A Pensão da D. Stela | como Siqueira
1956 . A Estrada
1959 . Os Três Cangaceiros
1960 . Bruma Seca | como Freitas
1973 . A Super Fêmea | como Ernesto
1977 . Elas São do Baralho

Televisão

1965 . Ceará contra 007 | como Giacomo
1969 . Seu Único Pecado | como Joaquim Barra
1970 . Tilim Esguicho
1972 . O príncipe e o mendigo
1973 . Mulheres de Areia | como Chico Belo
1974 . Os Inocentes | como Dominguinho
1975 . Ovelha negra | como Tio Quim
1976 . Xeque-mate | como Firmino


Wikipedia


A Obra de Adoniran Barbosa no SFA

  1. Abrigo De Vagabundos (Adoniran Barbosa)
  2. Acende o Candeeiro (Adoniran Barbosa)
  3. Agora Pode Chorar (José Nicolini/ Adoniran Barbosa)
  4. Aguenta a Mão, João (Adoniran Barbosa/ Hervé Cordovil)
  5. Apaga o Fogo Mané (Adoniran Barbosa)
  6. Armistício (Adoniran Barbosa/ Eduardo Gudin)
  7. As Mariposas (Adoniran Barbosa)
  8. Até Amanhã (Adoniran Barbosa/ Wilma Camargo)
  9. Bazares (Adoniran Barbosa/ Evandro do Bandolim)
  10. Bom Dia Tristeza (Vinicius de Moraes/ Adoniran Barbosa)
  11. Conselho De Mulher (João Belarmino dos Santos/ Oswaldo Molles/ Adoniran Barbosa)
  12. Currupaco (Adoniran Barbosa/ Elzo Augusto)
  13. Despejo na Favela (Adoniran Barbosa)
  14. Ditado (Adoniran Barbosa/ Passoca)
  15. Domingo (Tito Madi/ Adoniran Barbosa)
  16. Dondoca (Adoniran Barbosa)
  17. Encalacrado (Adoniran Barbosa)
  18. Envelhecer É Uma Arte (Adoniran Barbosa)
  19. Eternidade (Adoniran Barbosa/ Mário Albanese)
  20. Fica Mais Um Pouco Amor (Adoniran Barbosa)
  21. Filé De Onça (Adoniran Barbosa/ Jorge Costa)
  22. Foi Na Mosca (Adoniran Barbosa)
  23. Gente Curiosa (Adoniran Barbosa/ Elzo Augusto)
  24. Gulú Gulú (Adoniran Barbosa/ Léo Romano)
  25. Iracema (Adoniran Barbosa)
  26. Já Fui Uma Brasa (Adoniran Barbosa/ Marcos César)
  27. Já Tenho a Solução (Adoniran Barbosa/ Clóvis de Lima)
  28. Jabá Sintético (Adoniran Barbosa/ Marcos César)
  29. Joga a Chave (Oswaldo França/ Adoniran Barbosa)
  30. Lagartixa (Adoniran Barbosa/ Paulo Belinatti/ Edson Alves)
  31. Luz Da Light (Adoniran Barbosa)
  32. Malvina (Adoniran Barbosa)
  33. Messias (Adoniran Barbosa/ Copinha)
  34. Minha Nega (Adoniran Barbosa/ Carlinhos Vergueiro)
  35. Mulher, Patrão e Cachaça (Oswaldo Molles/ Adoniran Barbosa)
  36. Não Precisa Muita Coisa (Adoniran Barbosa/ Benito Di Paula)
  37. Não Quero Entrar (Adoniran Barbosa)
  38. Naquele Tempo (Adoniran Barbosa/ Serafim Almeida)
  39. Ninguém Pode Negar (Adoniran Barbosa/ Portinho)
  40. No Morro Da Casa Verde (Adoniran Barbosa)
  41. Nóis Não Usa os Blequetais (Gianfrancesco Guarnieri/ Adoniran Barbosa)
  42. Nois Viemos Aqui Pra Que? (Adoniran Barbosa)
  43. O Barzinho (Adoniran Barbosa/ Renato Luiz)
  44. O Casamento Do Moacir (Oswaldo Molles/ Adoniran Barbosa)
  45. O Mundo Vai Mal (Adoniran Barbosa/ Antônio Rago)
  46. O Rostinho De Maria (Adoniran Barbosa/ Pepe Avila)
  47. O Sol e a Lua (Adoniran Barbosa/ Zaé Júnior)
  48. Olhos De Sono (Adoniran Barbosa/ Walter Santos)
  49. Pafunça (Oswaldo Molles/ Adoniran Barbosa)
  50. Passou (Adoniran Barbosa/ Pepe Avila)
  51. Por Onde Andará Maria (Adoniran Barbosa/ Raguinho)
  52. Praça Da Sé (Adoniran Barbosa)
  53. Procissão De Amor (Adoniran Barbosa/ Maximino Parize)
  54. Prova De Carinho (Adoniran Barbosa/ Hervé Cordovil)
  55. Quando Te Achei (Hilda Hilst/ Adoniran Barbosa)
  56. Receita De Pizza (Adoniran Barbosa/ Jorge Costa)
  57. Roubaram a Lagosta (Adoniran Barbosa/ Tasso Bangel)
  58. Rua Dos Gusmões (Adoniran Barbosa)
  59. Samba do Arnesto (Adoniran Barbosa/ Alocin)
  60. Samba Italiano (Adoniran Barbosa)
  61. Samba Quente (Zé Ketti/ Adoniran Barbosa)
  62. Saudade Da Maloca (Saudosa Maloca) (Adoniran Barbosa)
  63. Saudosa Maloca (Adoniran Barbosa)
  64. Senta, Senta (Adoniran Barbosa/ Cachimbinho/ Pinguim)
  65. Só Tenho A Ti (Ilda Hilst/ Adoniran Barbosa)
  66. Só Vivo De Noite (Adoniran Barbosa/ Paulinho Nogueira)
  67. Tiro Ao Álvaro (Oswaldo Moles/ Adoniran Barbosa)
  68. Tocar Na Banda (Adoniran Barbosa)
  69. Torresmo à Milanesa (Adoniran Barbosa/ Carlinhos Vergueiro)
  70. Trem das Onze (Adoniran Barbosa)
  71. Triste Margarida (Samba Do Metrô) (Adoniran Barbosa)
  72. Um Samba no Bexiga (Adoniran Barbosa)
  73. Uma Simples Margarida (Samba Do Metrô) (Adoniran Barbosa)
  74. Vai Da Valsa (Adoniran Barbosa/ Recolhida por Renato Consorte)
  75. Velho Rancho (Adoniran Barbosa/ Renê Luiz)
  76. Véspera de Natal (Adoniran Barbosa)
  77. Viaduto Santa Efigência (Alocin/ Adoniran Barbosa)
  78. Vide Verso Meu Endereço (Adoniran Barbosa)
  79. Vila Esperança (Adoniran Barbosa/ Marcos César)
  80. Voar (Adoniran Barbosa/ Archimedes Messina)
  81. Zé Baixinho (Adoniran Barbosa/ Lemos do Cavaco)
  82. Zum, Zum, Zum (Adoniran Barbosa)