Aldir Blanc Mendes (Rio de Janeiro, 2 de setembro de 1946 — Rio de Janeiro, 4 de maio de 2020) foi um compositor e cronista brasileiro.
Médico de formação, com especialização em psiquiatria, abandonou a profissão para se tornar compositor e se tornar um dos grandes letristas da história da música brasileira.
Em cinco décadas de atividade como compositor, foi autor de mais de 600 canções, com cerca de 50 parceiros, dentre os principais: João Bosco, Guinga, Moacyr Luz, Cristovão Bastos, Maurício Tapajós e Carlos Lyra. Entre seus trabalhos mais notáveis como compositor estão “Bala com Bala”, “O Mestre-sala dos Mares”, “Dois pra Lá, Dois pra Cá”, “De Frente pro Crime”, “Kid Cavaquinho”, “Incompatibilidade de Gênios”, “O Ronco da Cuíca”, “Transversal do Tempo”, “Corsário”, “O Bêbado e a Equilibrista”, “Catavento e Girassol”,“Coração do Agreste” e “Resposta ao Tempo”.
Além de compositor, Blanc foi também cronista, tendo escrito colunas em publicações como as revistas O Pasquim e Bundas e os jornais O Globo, Jornal do Brasil e O Dia. Muitas dessas crônicas foram lançadas mais tarde como livros, como são os casos de “Rua dos Artistas e arredores”, “Porta de tinturaria” e “Vila Isabel, inventário da infância”. Apaixonado pelo Vasco da Gama, escreveu – em parceria com José Reinaldo Marques – o livro “Vasco – a Cruz do Bacalhau”.
Salgueirense boêmio por muitos anos, acabou se tornando uma pessoa quase totalmente reclusa em seu apartamento na Muda, no bairro carioca da Tijuca. Segundo o próprio Aldir, usar reclusão era consequência de uma fobia social desenvolvida a partir de um grave acidente de carro, em 1991, que limitara os movimentos da perna esquerda. Em 2010, ao descobrir sofrer de diabetes tipo 2 e pressão alta, parou de fumar e consumir álcool. Em 2020, dias após ser internado em estado grave com infecção urinária e pneumonia, morreu em decorrência da COVID-19.
fonte: wikipédia